Ayrton Montarroyos estreia novo show em São Caetano

O jovem pernambucano Ayrton Montarroyos é o convidado do projeto Cena Aberta do Sesc São Caetano em 16 de março.

Indicado ao Grammy Latino e vice-campeão do programa ‘The Voice Brasil”, Ayrton Montarroyos vai mostrar seu novo show em primeira mão para o público do Grande ABC.

Em entrevista exclusiva ao Webjornal ABC, o cantor falou do início da carreira, do seu envolvimento com as canções que interpreta e do primeiro álbum.

Webjornal ABC – Queria que você contasse um pouco como estava sua vida profissional no período pré-indicação ao Grammy e até mesmo a participação no “The Voice Brasil”. Como você estava desenhando a sua carreira?

Ayrton Montarroyos – Era algo muito embrionário ainda. Era muito jovem, tinha 16, 17 anos e fazia poucos shows. Estava andando conforme a maré. Teve uma festa na casa de um amigo e me pediram para cantar. Eu não sabia, mas lá estavam alguns produtores. Me chamaram para fazer o “Encontro com Fátima Bernardes” e depois veio o convite para participar do “The Voice Brasil”. Eu recusei porque acreditava que não combinava com o que eu estava fazendo. Só aceitei mesmo o terceiro convite. Mas disse que ia escolher o meu repertório.

Depois da participação no programa tudo mudou. Eu já tinha a ideia do disco na minha cabeça. Veio o patrocínio da Copergás. A produção musical foi do Thiago Marques Luiz com quem eu já tinha feito outros trabalhos.

As canções chamaram a atenção por serem bonitas e começaram a tocar na rádio.

Uma vez entrei no táxi no Rio de Janeiro e estava tocando uma música minha. Primeiro achei que o motorista tivesse me conhecido e tivesse colocado o meu CD. Depois percebi que estava tocando na rádio mesmo. Foi especial.

Webjornal ABC – Música boa é atemporal e nesse contexto você tem esculpido a seu modo grandes clássicos da música brasileira. Como são as suas conversas íntimas com essas letras? O que um diz pro outro?

Ayrton Montarroyos – É um processo de guerra interna. É uma luta. Às vezes levo muitas horas estudando e aprendendo. O meu primeiro pensamento sempre é a desistência. Tem canções mais difíceis, com parte poética/ lírica muito densa. Assim, é todo um processo de ir convivendo com aquela música, descobrir as poesias.

Webjornal ABC – No momento em que você opta por interpretar determinada canção, há sempre um tipo de assunto mais recorrente ou sentimento? O que te dá aquele estalo de ser escolhido pela música ou a fazer a escolha por ela?

Ayrton Montarroyos – Sempre são as canções românticas, com ideias geniais. Aquelas que dizem coisas simples, mas muito bem. Como “Alvorecer”, com Ivone Lara, por exemplo. Vejo a melodia bem trabalhada.

Webjornal ABC – Você parece ser um ávido pesquisado musical. Quais foram as suas recentes descobertas?

Ayrton Montarroyos – Estou descobrindo o Roberto Carlos, nas fases de 1960 e 1970. É um trabalho popular e tem uma beleza em si. É o amor pelo amor.

Webjornal ABC – No momento de gravação do seu primeiro álbum, você precisou fazer determinadas escolhas, quais músicos convidar, escolha do repertório até mesmo opções técnicas para se fechar o disco. Agora em turnê com esse trabalho, como é estar mostrando cada canção ao vivo perto do público?

Ayrton Montarroyos – É umacoisa doida. Algumas são músicas que as pessoas não conhecem e você vê elas cantando junto.

Webjornal ABC – E para o seu show no Sesc São Caetano, o que você preparou para o público?

Ayrton Montarroyos – Será uma apresentação voz e violão, com participação especial do Edmilson Capelupi no violão de 7 cordas. A minha voz tem algo com o violão, um tipo de vibração. Eu ia estrear esse novo show na turnê pelo interior, mas resolvi antecipar e já mostrar esse show no Sesc São Caetano.

Algumas canções que vão estar no repertório são “Alto lá” “Portão” e “Dona Divergência”