CARTAS DE DUNBLANE | Armas e argumentos
A nova produção original da Netflix, Cartas de Dunblane: Sua escola, seu massacre, nossas lições mostra as cicatrizes deixadas por essas tragédias na população.
Dirigido por Kim A. Snyder, o filme emplacou o prêmio de melhor curta documentário no Festival de Cinema de Tribeca 2018, no qual fez sua estreia mundial.
Cartas de Dunblane dialoga com a questão armamentista de um ponto de vista um tanto inusitado.
Retrata os padres responsáveis pelo enterro das vítimas colecionadas com as tragédias.
O massacre de Sandy Hook foi um tiroteio que ocorreu na escola primária americana em Newtown, Connecticut, no dia 14 de dezembro de 2012.
Matou 28 pessoas, dentre as quais 20 eram alunos.
O documentário Cartas de Dunblane vai acompanhar o padre Bob Weiss, responsável por enterrar oito das crianças, em sua jornada de recuperação após o trauma que abalou toda comunidade.
Uma figura muito importante nesse contexto foi o padre escocês Basil O’Sullivan, que o contatou por meio de uma carta.
Nela, Basil oferecia ajuda a Weiss e a toda a população de Newtown.
O clérigo já havia passado por uma experiência parecida em Dunblane, em 1996, onde 16 crianças foram mortas por um único atirador.
Ele sabia o quão devastador era um acontecimento tão horrendo quanto esse.
Assim, os padres vão desenvolver uma forte amizade, pano de fundo para uma importante questão levantada pelo documentário.
Enquanto a tragédia em Dunblane levou a uma reforma na política armamentista do Reino Unido, os Estados Unidos nada fizeram para remediar essa situação.
Talvez por conta disso tenham ocorrido mais de 18 atentados armados a escolas norte-americanas em 2018.
Veja o trailer de Cartas de Dunblane: Sua escola, seu massacre, nossas lições
https://www.netflix.com/br/title/81001809
Coluna Via Streaming, por Kreitlon Pereira