Escrita por Holly George-Warren, a biografia “Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música” relembra a trajetória da artista, símbolo de independência feminina.
Com uma carreira meteórica e influência até os dias atuais, a cantora norte-americana faria 80 anos em 19 de janeiro.
Em seu curtíssimo período de vida (faleceu em 4 de outubro de 1970, aos 27 anos), tornou-se uma figura ímpar e a mais influente cantora de rock da história.
O peso na letra unida à rouquidão e emoção de sua voz deram o tom à sua carreira.
Janis Joplin além dos palcos
Por trás do ícone mítico, há uma vida carregada de transgressões, quebras de paradigmas, frustrações amorosas e dissabores familiares.
Para escrever seu livro, Holly George-Warren, que também é especialista em biografias de rock, recorreu a familiares da cantora, amigos, colegas de banda, pesquisou arquivos, diários, cartas e entrevistas há muito perdidas.
A autora faz um perfil minucioso detalhando os passos de Janis até a overdose acidental de heroína, que lhe ceifou a vida.
A biografia consolida Janis como vanguardista musical. Uma mulher rebelde, dona de grande astúcia e personalidade complexa, que rompeu regras e desafiou todas as convenções de gênero em sua época, abrindo caminho para as mulheres poderem extravasar suas dores e revolta no cenário artístico sem serem tão oprimidas pelo universo machista existente no meio musical.
Outros ritmos
A forma como transmitia emoção, em um canto que ia da melancolia à rebeldia, era e sempre será único.
Janis se notabilizou com o rock, no entanto, também transitava com facilidade por outros ritmos, como blues, o soul e o folk-rock.
Em carreira solo, os destaques ficam com as canções como “Mercedes Benz”, “Get It While You Can” e “Me and Bobby McGee”.
A busca pelo amor
Outro fator que marcou sua vida, também retratado no livro, foi a busca incessante pelo amor.
A cantora nunca foi capaz de ter um relacionamento sólido e duradouro, e dessa forma buscou uma maneira de aliar a sua carreira com o sonho de constituir uma família, levando-a ao seu triste fim: sua morte precoce, por overdose acidental de heroína.
Sobre a autora
Holly George-Warren foi indicada duas vezes ao Grammy e é autora premiada de 16 livros, entre eles duas biografias:” A Man Called Destruction: The Life and Music of Alex Chilton” e “Public Cowboy #1: The Life and Times of Gene Autry”, além do best-seller do New York Times “A Estrada para Woodstock” (com Michael Lang).
Escreveu para diversas publicações, incluindo The New York Times, Rolling Stone e Entertainment Weekly, tendo atuado também como consultora em documentários como “Muscle Shoals”, “Nashville 2.0” e “Hitmakers”.
Holly faz parte da comissão de indicação do “Rock & Roll Hall of Fame” e leciona na Universidade Estadual de Nova York, em New Paltz.
Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música
Holly George-Warren
