JOÃO PIRAHY | Coreógrafo de São Caetano leva espetáculo para Europa
Movido completamente por seu fascínio pela dança, João Pirahy começou sua admirável trajetória em São Caetano do Sul e, o que já se anunciava, seu talento logo seria notado também em outros palcos, outros países.
Assim o diretor, coreógrafo e artista-intérprete levou sua arte para o mundo com trabalhos junto às companhias “Raça Cia Dança”, “Bale Teatro Castro Alves”, “Cia Dança do Amazonas”, “Distrito Cia de Dança” e “Coletivo de Sonhos”.
De vida ele celebrou recentemente seus 50 anos e está bem próximo de completar quatro décadas dedicadas à arte do movimento.
Como já havia acontecido em tantos outros momentos, durante os primeiros meses de pandemia, novamente a dança estava preparada para libertar a inquietude de sua alma, de sua mente e do seu corpo e, com isso, um novo projeto ganhou vida: “Bifurcação”.
Ouça a entrevista com João Pirahy
1 – Que convite irresistível a dança te fez para que você nunca mais a abandonasse? Como foi o começo desse encontro?
2 – Em seus primeiros passos dançando, você já imaginava transformar em profissão?
3 – Pode-se dizer que o seu novo espetáculo autoral fala de tempo vívido e tempo restante. Como a ideia de que já viveu meio século se apresenta pra você?
4 – A dança te ajudou a fazer melhores escolhas diante das bifurcações da vida?
5 – Como foi a criação desse novo trabalho e como veio a inspiração para esse nome?
6 – Tendo passado por palcos de países como Argentina, Alemanha, Áustria, França, Itália, Inglaterra, Israel e Portugal, como você descreve as emoções e sensações de ser um representante brasileiro da dança no exterior?
7 – Falando em dançar novamente além das fronteiras brasileiras, como o surgiu o convite para levar o espetáculo “Bifurcação” para outras nações?
8 – Com a sua vasta experiência, quais dicas você poderia dar para os iniciantes?
Bifurcação
O espetáculo solo é uma homenagem, primeiramente, ao orixá Ogum, de quem João Pirahy é filho.
Com um histórico de forte ligação com a Bahia e todo seu misticismo, o tema proposto conversa com a passagem que o artista teve pelo local quando foi integrante do tradicional ballet “Castro Alves”.
Além disso, ancestralidade, negritude e espiritualidade sem rótulos religiosos são assuntos recorrentes em suas criações.
Em “Bifurcação”, Pirahy busca orientação em sua própria fé para atravessar momentos de turbulência e não haveria ninguém melhor que o próprio Ogum, orixá conhecido por abrir caminhos.
Sua nova criação é sobre seguir em frente, sem nunca esquecer aqueles que vieram antes e pavimentaram a estrada. Por esse motivo, a obra também é uma homenagem aos pais do artista.
A inspiração veio de epifanias, observações e coincidências (se é que elas existem): um pilão e um vaso de Espada de São Jorge, herdados de seu pai e mãe, respectivamente.
O pilão possui forte simbolismo relacionado a Oxalá, conhecido também como pai de todos os orixás. Já a planta faz referência ao próprio Ogum, em sua imagem sincrética.
Rumo a Portugal
As primeiras exibições foram feitas no formato online, mas Pirahy já está com o passaporte preparado para mostrar o espetáculo “Bifurcação” em palcos portugueses e, em seguida, vai para Cabo Verde e Argentina.
Para auxiliar com as despesas da viagem, o artista independente fará uma apresentação virtual.
João Pirahy – Bifurcação
Campanha de apoio ao espetáculo no exterior
Data: 10 de outubro de 2021 – 17h
Transmissão: plataforma Zoom
Ingresso: valor que o público desejar contribuir (pagamento via PIX 19229764825 – enviar comprovante para jpihary@hotmail.com)
Informações: pelo Instagram @joaopirahy