CarnaPretas Diversão sem preconceito

Com poemas, paródias e músicas autorais o show CarnaPretas Diversão sem preconceito no Sesc Santo André vai brindar o público com a atmosfera carnavalesca.

E mais.

A montagem é do coletivo Sarau das Pretas.

O grupo pretende no espetáculo fazer uma releitura daquelas marchinhas mais conhecidas e cantadas.

A ideia é desconstruir diversos estereótipos sociais que compõem a letra de boa parte dessas canções.

Assim, o Sarau das Pretas vai mostrar que é possível sim se divertir sem ser preconceituoso.

Criação do CarnaPretas

O grupo está sempre disposto a se reinventar e utilizar ao máximo o potencial criativo.

O convite para montar o show foi, de cara, visto com um ótimo desafio.

A concepção e roteiro são de Débora Garcia e a direção compartilhada com Jô Freitas e Renato Gama.

“Criar este espetáculo está sendo uma experiência completa, desde a pesquisa para a construção das personagens, a elaboração do roteiro, do cenário, a composições de músicas e poesias, tudo isso agrega muito para mim, enquanto artista, pois pude vivenciar todos os aspectos da produção de um espetáculo de forma mais completa”, destacou Débora Garcia, criadora do sarau.

Assim como ela, as demais integrantes do Sarau das Pretas acreditam que durante o Carnaval é possível exercer a liberdade sem favorecer um ambiente no qual estereótipos e preconceitos sejam reforçados, desrespeitando as pessoas.

Olha a cabeleira do Zezé

O espetáculo foi estruturado a partir das tradicionais marchinhas de carnaval, que atualmente têm o seu contexto questionado.

Por meio das musicas “Olha a Cabeleira do Zezé” e “Maria Sapatão”, de João Roberto Kelly e “O teu cabelo não nega”, de Lamartine Babo, foi construído um roteiro.

O propósito é provocar reflexão sobre as mensagens dessas músicas, e não censurá-las.

O espetáculo também resgata o contexto histórico do Carnaval brasileiro.

Assim, a marchinha “Ó abre alas” da maestrina Chiquinha Gonzaga também compõe o repertório.

Ingredientes especiais do show

Além das paródias feitas por Débora Garcia e Jô Freitas, o CarnaPretas traz poemas novos compostos especialmente para esse trabalho.

“Não foi fácil escrever poemas sobre o carnaval, demandou pesquisas e uma imersão nesse universo, do qual tenho certo distanciamento. Aceitei o desafio e escrevi dois poemas inéditos, estou animada em começar um ano com trabalhos novos. Tenho certeza de que o público vai aprovar”, comemora Elizandra Souza.

Outra novidade do show está na divisão do palco com uma banda.

Normalmente, o Sarau das Pretas se apresenta com percussão e vocais.

Entre as artistas convidadas estão a percussionista residente Taissol Ziggy na caixa, Mayra Almeida no saxofone e Camila Silva no cavaquinho.