Artistas cantam em homenagem à Inezita Barrozo

Artistas cantam em homenagem à Inezita Barrozo
show Canta, Inezita no Sesc Santo André com Consuelo de Paula, Maria Alcina, As Galvão e Claudio Lacerda faz homenagem à Inezita Barrozo

Com o show Canta, Inezita, uma reunião de talentos vai tomar conta do palco do Sesc Santo André para homenagear Inezita Barrozo.

Maria Alcina, Consuelo de Paula, As Galvão e o violeiro Claudio Lacerda se juntam para interpretar alguns dos grandes sucessos da artista que completaria 93 anos em 2018.

 

Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dou meu taio
Pego no copo e dali nun saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar é que eu dô trabaio
Oi lá

Explorando, divulgando e enriquecendo a música regional brasileira, Inezita emprestou sua voz para modas de viola que viraram clássico do cancioneiro nacional.

“Moda da Pinga” e “Lampião de Gás” são apenas alguns exemplos.

Além dessas canções, o espetáculo “Canta, Inezita” emocionará o público ao relembrar “Balaio”, “Tristeza do Jeca”, “Prenda Minha”, “Maringá”, “Engenho Novo” e “Ronda”.

O violonista Paulo Serau, que trabalhou nos últimos anos com Inezita, assina a direção musical do show.

As canções ganharam novos arranjos e destacam os mais genuínos ritmos brasileiros como carimbó, cateretê, fricote, xaxado, batuque e o samba.

 

A pequena Ignez e a grande Inezita Barrozo

Inezita Barrozo é homenageada no Sesc Santo André
Inezita Barrozo é homenageada no Sesc Santo André

Ignez Magdalena Aranha de Lima nasceu no bairro da Barra Funda, em São Paulo, em 1925.

O interesse pela música surgiu já na infância, na fazenda do pai.

A pequena Ignez fingia ir ver o pasto quando na verdade passava a tarde junto dos colonos violeiros que vivam por lá.

A família tentou, em vão, desviá-la da carreira artística.

Já formada em Bblioteconomia, Inezita Barrozo aproveitou para se debruçar na pesquisa de ritmos brasileiros.

Com isso, viajou para os mais remotos cantos do Brasil em busca da essência do cancioneiro popular.

Rendeu o título de “doutora honoris causa em folclore” pela Universidade de Lisboa.

Seu primeiro disco foi gravado em 1951 e junto dele viria mais uma centeba.

Na TV, comandou o programa “Viola, Minha Viola”, na TV Cultura e “Inezita Barroso”, no SBT.

Atuou ainda no rádio e no cinema e foi professora universitária.

Em 2014, foi eleita para a Academia Paulista de Letras, ocupando o lugar da folclorista Ruth Guimarães.

Inezita Barrozo faleceu em março de 2015, quatro dias após completar 90 anos.

 

As Galvão

show Canta, Inezita no Sesc Santo André com Consuelo de Paula, Maria Alcina, As Galvão e Claudio Lacerda faz homenagem à Inezita Barrozo
As irmãs Mary e Marilene Galvão

As irmãs Mary e Marilene Galvão gravaram o primeiro disco quando tinham 14 e 12 anos e com o álbum veio o primeiro sucesso “Carinha de Anjo.

A carreira da dupla acumula mais de 300 músicas gravadas.

As Irmãs Galvão ultrapassaram fronteiras com suas músicas tocadas em Portugal, Canadá, Suíça e Japão.

 

Maria Alcina

show Canta, Inezita no Sesc Santo André com Consuelo de Paula, Maria Alcina, As Galvão e Claudio Lacerda faz homenagem à Inezita Barrozo
Maria Alcina – Foto: Divulgação

Sua performance no palco é irreverente e única.

A trajetória musical de Maria Alcina começou em 1969, quando participou da trilha sonora do filme “O Anunciador, o Homem das Tormentas.

Dois anos gravou seu primeiro disco, um compacto com canções como “Azeitonas Verdes, de Marcus Vinícius, “Mamãe Coragem, de Caetano Veloso.

Em 1972, participou e venceu o “VII Festival Internacional da Canção”, interpretando “Fio Maravilha”, de Jorge Ben Jor.

Na década seguinte, Maria Alcina fez várias turnês pelo exterior com repertório de músicas carnavalescas.

Em 2002, estrelou o musical “Maria Alcina, 30 anos que Alucinam”.

Na sequência veio o disco “Agora”, em parceria com o grupo Bojo.

A discografia ainda inclue os álbuns “Maria Alcina, Confete e Serpentina” e “De Normal Bastam os Outros”

 

Consuelo de Paula

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Consuelo de Paula durante apresentação no Arreuní, em Campinas

Cantora, compositora, poeta, diretora artística e produtora musical, Consuelo de Paula imprime alta dose de carisma e força em suas interpretações.

A artista gravou os álbuns “Samba, Seresta e Baião”, “Tambor e Flor”, “Dança das Rosas”, que depois integraram a coletânea “Patchwork”.

O álbum foi produzido no Japão onde o trabalho de Consuelo de Paula teve destaque na capa do guia japonês Brazilian Music (Massato Asso).

A publicação seleciona os 500 melhores CDs da música brasileira de todos os tempos.

A artista também gravou o DVD “Negra” e os álbuns “Casa”, “O Tempo e o Branco”, sendo este último inspirado no universo poético de Cecília Meireles.

 

Cláudio Lacerda

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O premiado violeiro Claudio Lacerda

Descendente de mineiros, Cláudio Lacerda sempre esteve ligado à música campesina.

O CD de estreia, “Alma Lavada (2003), contou com a participação de Renato Teixeira e abriu portas para o início de sua carreira.

Venceu as três primeiras edições do “Prêmio Nacional de Excelência da Viola Caipira”, na categoria de “Melhor Intérprete”.

Gravou os álbuns “Alma Caipira”, “Cantador”, com participação de Dominguinhos e “Trilha Boiadeira”.

Em 2015, foi selecionado para o “Circuito São Paulo de Cultura”.

Venceu o “Prêmio Grão de Música” e recebeu indicação ao “Prêmio Profissionais da Música”.

Claudio Lacerda está lançando o CD “Canções para acordar o Sol”.

 


O show Canta, Inezita!

Data: 17 de agosto de 2018 (sexta-feira) – 21h

18 de agosto de 2018 (sábado) – 20h

Local: Sesc Santo André – Teatro (Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar – Santo André – SP)

Ingresso: R$ 6 a R$ 20

Informações: (11) 4469-1200/ 4469-1311