É SAMBA NA VEIA, É CANDEIA | Música e crítica social

É SAMBA NA VEIA, É CANDEIA | Música e crítica social
É samba na veia, é Candeia

A vida de Candeia, o famoso sambista da Portela – Antônio Candeia Filho (1935/1978), é retratada no musical É samba na veia, é Candeia.

O espetáculo terá apresentações em São Bernardo do Campo e em São Caetano do Sul.

Leonardo Karasek assina a direção geral do show que tem texto de Eduardo Rieche e produção executiva e artística de Rita Teles.

A sambista Adriana Moreira fará participação especial homenageando Clara Nunes.

 

A vida na roda de samba

É samba na veia, é Candeia

É samba na veia, é Candeia é encenado no entorno de uma roda de samba ambientada na trajetória do artista entre as décadas de 1960 e 1970.

O musical estreou no Rio de Janeiro, em 2008 e evidenciou a genialidade do compositor carioca.

A obra de Candeia se destaca pela contemporaneidade de suas letras e de seu pensamento.

A interpretação do sambista ficou sob a responsabilidade do ator Marcelo Dalourzi.

O elenco traz também Danilo Ramos, Denise Aires, Jair de Oliveira, Jefferson Brito, Josi Souza, Jose Nelson Junior, Leo Dias, Marcelo Dalourzi, Sueli Vargas, Rita Teles, Taís de Paula, Viviane Clara e Wallace Andrade.

Entre os músicos estão Brito Oliveira, Danilo Ramos, David Silveira, Didi Carvalho, Eder Ventura, Edinho Carvalho, Hosana Meira, Jader Morelo, Jefferson Motta, Leo Dias, Marcelo Glick, Marlene Oliveira, Ocimar Dias e Ronaldo Nunes.

É samba na veia, é Candeia resgata aspectos cotidianos da vida do músico.

O artista utilizou o samba como instrumento de resistência cultural da população negra do subúrbio carioca.

Sua maneira singular de compor sobre os amores, as vicissitudes da vida e seu estilo musical sem perder a possibilidade de contestar males sociais como o racismo e apropriação cultural ganham destaque na encenação.

 

Homem negro e crítico social

É samba na veia, é Candeia

Para o diretor, Leonardo Karasek, o espetáculo defende o protagonismo de artistas negros que são a parcela majoritária na formação do elenco.

“O cenário reforça todo o simbolismo da trajetória de Candeia como homem negro e crítico social. A estruturação da montagem reforça o sentido da imersão do público no universo do compositor. E, nesse caminho, fazemos um convite para a releitura do mundo nos olhos de Candeia, com todas suas facetas e vivências como corpo e voz de movimento e atuação política por meio do samba”, completa.

Edinho Carvalho, compositor, pesquisador e responsável pela direção harmônica e melódica do Projeto Samba de Terreiro de Mauá fez a direção musical do espetáculo.

“Pintura sem arte”, “Testamento de Partideiro” e de “De Qualquer Maneira” são alguns dos sambas que compõem a vasta discografia de Candeia e integram o espetáculo.

Para Rita Teles, É Candeia, É Samba na Veia exerce papel fundamental na releitura do compositor como crítico dos mecanismos de apropriação cultural dos valores e processos históricos de identidade negra.

“Candeia, quando funda o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo com Wilson Moreira e Paulinho Viola e outros sambistas, posiciona-se para além da música. Ele não somente se coloca contrário ao processo de industrialização cultural do samba, como o enxerga como uma ilha de resistência de valores identitários negros diante desse processo. E, no palco, este lado do poeta Candeia, idealista e ativista se faz presente”, conta.

 


É samba na veia, é Candeia

Data: 17 de novembro de 2018 (sábado) – 20h

Local: Teatro Paulo Machado de Carvalho (Al. Conde de Porto Alegre, 840 – São Caetano do Sul – SP)

Ingressos:  R$ 25 (professores, estudantes, idosos e classe artística) e R$ 50 (inteira) venda online

Informações: (11) 4220-3924 e 4238-3030

 

Data: 18 de novembro de 2018 (domingo) – 19h

Local: Teatro Lauro Gomes (Av. Helena Jacquey, 171 – Rudge Ramos São Bernardo do Campo – SP)

Ingressos:  R$ 25 (professores, estudantes, idosos e classe artística) e R$ 50 (inteira) venda online

Informações: (11) 4368-3483